Na sexta-feira (24/10/2025), o Ministério da Saúde anunciou a habilitação da Maternidade Tsylla Balbino, em Salvador, como Hospital Amigo da Criança, iniciativa que integra a rede nacional de promoção do aleitamento materno e do cuidado humanizado desde o nascimento. A medida faz parte de um conjunto de ações que amplia a atenção à gestante e ao recém-nascido de risco em todo o Brasil.
Ampliação da rede e investimentos
A habilitação da maternidade baiana ocorre em conjunto com outros 18 hospitais em 10 estados, elevando o número de unidades na rede nacional. O investimento anual do Ministério da Saúde passou de R$ 12 milhões para R$ 25 milhões, reforçando o compromisso com a qualificação da atenção materno-infantil.
Além das novas habilitações, 56 hospitais passam por atualização de código, que inclui o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe e do pai junto ao recém-nascido de risco. Na Bahia, cinco hospitais estão nessa atualização:
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Hospital Inácia Pinto dos Santos (Feira de Santana)
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Maternidade Climério de Oliveira (Salvador)
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Hospital Maternidade Luiz Argôlo (Santo Antônio de Jesus)
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Hospital Municipal Esaú Matos (Vitória da Conquista)
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Hospital Manoel Novaes (Itabuna)
Impacto na mortalidade materna e neonatal
O processo de habilitação e atualização reconhece práticas de cuidado humanizado que fortalecem a atenção desde o parto até os primeiros dias de vida. Em 2023, o Brasil registrou 1.325 mortes maternas e 40.025 mortes neonatais. A razão de mortalidade materna passou de 117 por 100 mil nascidos vivos em 2021 para 55,3 em 2023, evidenciando a necessidade de ampliar e qualificar a rede de atenção à saúde da mulher e da criança.
Programas e políticas de saúde integradas
A iniciativa Hospital Amigo da Criança, criada em 1992 e integrada à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, segue os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno definidos pela OMS e Unicef. A ação se soma à Rede Alyne, lançada em 2024, que já investiu mais de R$ 400 milhões na ampliação de exames de pré-natal, leitos hospitalares e bancos de leite humano.
Avanço no tratamento da hemofilia infantil
Na mesma data, o Ministério da Saúde promoveu a mobilização para ampliar o uso do Emicizumabe no SUS para crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. O medicamento, aplicado por via subcutânea, reduz em mais de 90% os episódios de sangramento, diminui hospitalizações e previne sequelas articulares.
O processo de incorporação já recebeu parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e a análise final está prevista para novembro. A mobilização contou com participação de hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde em cinco estados e no Distrito Federal, reforçando a equidade e o cuidado integral à infância.
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