A partir de janeiro de 2026, o Brasil inicia a implementação da nova Reforma Tributária, com transição completa prevista até 2033, que propõe a simplificação dos atuais cinco tributos federais, estaduais e municipais — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — em apenas três: Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Imposto Seletivo (IS). A medida sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como objetivo reduzir a complexidade do sistema tributário nacional e aumentar a transparência e a justiça fiscal.
Panorama da reforma e desdobramentos recentes
Em julho de 2025, o governo iniciou as transmissões ao vivo do Programa Piloto da Reforma Tributária do Consumo, que detalha o funcionamento e os desafios do novo modelo tributário. Entre os principais pontos destacados estão a eliminação da cumulatividade, o combate à guerra fiscal entre estados e a redução da burocracia que impacta empresas e contribuintes.
Impactos e desafios para empresas
A adoção do novo sistema exige ampla revisão dos regimes fiscais, atualização de sistemas contábeis e fiscais, além de readequação das políticas de precificação e processos administrativos nas organizações. Esses ajustes são necessários para minimizar riscos financeiros e evitar prejuízos contábeis decorrentes da transição.
A contabilista e diretora da Brasís Contabilidade, Cristiane Almeida, reforça que o planejamento tributário torna-se fundamental nesse período de mudança. Segundo ela, as empresas devem analisar detalhadamente a classificação correta de itens fiscais, o cálculo adequado dos novos tributos e o cadastro rigoroso dos fornecedores para garantir conformidade.
“O planejamento é essencial para identificar o regime tributário mais vantajoso, seja Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, com base em indicadores financeiros como custos, receitas e margem de lucro”, explica.
Repercussões no terceiro setor
A reforma também afeta entidades do terceiro setor. Apesar da imunidade a certos tributos, essas organizações precisam revisar procedimentos internos e monitorar com atenção as futuras regulamentações, já que a cobrança dos novos impostos está prevista para iniciar em 2029.
Expectativas e orientações para o futuro
Cristiane Almeida destaca que o novo sistema tributário promete simplificar processos e promover justiça fiscal no médio prazo, mas alerta para o período desafiador até a consolidação completa da reforma em 2033.
“A antecipação das adequações e o acompanhamento técnico especializado são cruciais para uma transição segura e eficiente”, conclui.
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