Turma da Mônica ganha edição especial sobre valorização de idosos em ação do Governo Federal e Instituto Maurício de Sousa

Turma da Mônica ganha edição especial sobre valorização de idosos em ação do Governo Federal e Instituto Maurício de Sousa.
Publicação foi lançada na quinta-feira (04/04/2025), no Instituto Federal Goiano, em Iporá (GO), e faz parte do programa Envelhecer nos Territórios, promovendo o diálogo entre gerações por meio de atividades educativas com crianças e pessoas idosas.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em parceria com o Instituto Maurício de Sousa, lançou, na quinta-feira (04/04/2025), no município de Iporá (GO), a revista em quadrinhos “Turma da Mônica em: Intergeracionalidade”, com o objetivo de estimular o respeito e a valorização das pessoas idosas entre o público infantojuvenil. A publicação integra o programa Envelhecer nos Territórios e aborda de maneira lúdica temas como convívio intergeracional, estereótipos sobre o envelhecimento e o combate à discriminação etária.

O lançamento reuniu estudantes do 4º ano do ensino fundamental e pessoas idosas no campus do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). A iniciativa busca promover a inclusão social das pessoas com mais de 60 anos e gerar trocas de experiências entre gerações, contribuindo para a construção de políticas públicas voltadas ao envelhecimento ativo.

Conteúdo da revista e narrativa intergeracional

A história da publicação gira em torno dos personagens Xabéu, irmã de Xaveco, e da avó Dona Xepa, que enfrentam desafios para compreender as diferenças geracionais. A trama destaca os impactos dos estereótipos relacionados à velhice e evidencia como eles podem comprometer a dignidade, saúde e participação social das pessoas idosas. O conteúdo propõe estratégias de convivência respeitosa e afetiva entre jovens e idosos, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania e da empatia.

Participação de estudantes e relatos de experiências

Durante o lançamento, 25 alunos da Escola Municipal Odilon José de Oliveira participaram de uma atividade com leitura do gibi e interações com pessoas idosas da comunidade. Entre os estudantes presentes, William Aires, de 9 anos, compartilhou a relação que mantém com sua avó. Ele destaca que o quadrinho oferece exemplos sobre como agir com respeito e afeto com os mais velhos. “As cenas ajudam a entender como interagir com as pessoas idosas, ajudando, respeitando e ouvindo”, afirmou.

Envelhecer nos Territórios e dados locais

Iporá foi escolhida como município piloto para o programa Envelhecer nos Territórios, devido ao índice elevado de envelhecimento populacional. Segundo dados do IBGE, há 110 pessoas idosas para cada 100 jovens de até 14 anos. Em fevereiro, agentes do programa realizaram 3.837 visitas domiciliares a 3.372 pessoas idosas, com o objetivo de mapear a situação social e de direitos desse público.

A ação contou com a participação de 30 agentes comunitários, como Olavo Carvalho de Lima, que atua em visitas de monitoramento. Ele explica que os dados coletados irão subsidiar políticas públicas voltadas ao bem-estar das pessoas idosas. “Queremos conhecer a realidade local para elaborar ações que melhorem a qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos”, disse.

Formação cidadã e política pública

O programa inclui formação continuada de agentes e capacitação de jovens e educadores sobre os direitos das pessoas idosas. De acordo com o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre Silva, a disseminação desses direitos desde a infância contribui para um ambiente de respeito e segurança. “Trabalhar esse tema desde cedo reduz o risco de discriminação e fortalece os vínculos familiares e comunitários”, declarou.

O coordenador de Extensão do IF Goiano, Bruno Silva de Oliveira, afirmou que ações educativas intergeracionais são fundamentais para o fortalecimento da cidadania. “Poucas pessoas sabem os direitos que passam a ter ao atingir a idade idosa. É preciso difundir essa informação com base legal e pedagógica”, apontou.

Continuidade e expansão do programa

O Envelhecer nos Territórios está em fase de implementação em 43 municípios das cinco regiões brasileiras, com 391 agentes em campo e outros 210 em formação. Ao todo, já foram realizadas mais de 45 mil visitas, com atendimento a cerca de 29 mil pessoas idosas. Entre os dados coletados, foram identificadas 3,6 mil ocorrências de violação de direitos humanos, o que evidencia a necessidade de monitoramento constante.

A presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa, Biany Lourenço, destacou a importância do projeto como ferramenta de efetivação do Estatuto da Pessoa Idosa. “Esse trabalho possibilita que as políticas de proteção saiam do papel e se concretizem na realidade social. Incentivar o diálogo entre gerações fortalece a memória coletiva e a inclusão da população idosa na vida comunitária”, afirmou.


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