A comercialização e o uso de serpentinas metalizadas estão proibidos no carnaval da Bahia. A medida foi sancionada na quinta-feira (13/02/2025) por meio de lei estadual que busca evitar acidentes envolvendo a rede elétrica nos circuitos carnavalescos. A multa para infrações varia de R$ 5 mil a R$ 100 mil, conforme o porte do empreendimento e as circunstâncias da infração. Nos casos de reincidência, o valor é dobrado, e vendedores ambulantes também estão sujeitos à apreensão da mercadoria.
Clebson Santos, comerciante de artigos carnavalescos há 20 anos na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, afirmou que a proibição é positiva. “Nunca trabalhei com serpentinas porque são perigosas. Elas podem ficar presas na fiação e causar curto-circuito, colocando vidas em risco”, afirmou.
O Corpo de Bombeiros reforça que o material metalizado conduz eletricidade, o que pode resultar em curto-circuitos, choques elétricos, apagões e até princípios de incêndio. O soldado João Vitor Almeida relembrou que, no carnaval passado, houve um apagão de uma hora no circuito Dodô e Osmar devido à queda de uma serpentina sobre fios energizados. “Os choques elétricos podem causar queimaduras graves e até óbitos”, alertou.
Para o cantor e compositor Caíque da Silva, de 26 anos, a nova legislação contribuirá para a segurança dos foliões. “O carnaval de Salvador é uma das maiores festas do mundo, e medidas como essa são fundamentais para garantir um ambiente seguro”, afirmou.
Acidentes e legislação em outros estados
No último carnaval, o uso de serpentinas metalizadas resultou na interrupção do fornecimento de energia no circuito Barra-Ondina. A concessionária Neoenergia Coelba também relatou outros incidentes ao longo do dia.
A Bahia é o terceiro estado brasileiro a adotar a medida. Pernambuco implementou a proibição em janeiro deste ano, enquanto Minas Gerais vigora com a restrição desde 2012. A primeira proibição no país ocorreu em Minas, após um acidente em Bandeira do Sul, em fevereiro de 2011, quando um curto-circuito durante um bloco carnavalesco resultou em 16 mortes e 55 feridos.
Alternativas seguras
Apesar da proibição das serpentinas metalizadas, o artefato continuará a ser comercializado na versão em papel, que não oferece riscos em contato com a rede elétrica.
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