Salvador debate tecnologia e música como ferramentas de luta e resistência no primeiro dia do Encontros Negros

Salvador debate tecnologia e música como ferramentas de luta e resistência no primeiro dia do Encontros Negros.
Primeiro dia do evento abordou protagonismo negro em debates sobre tecnologia e música, destacando o papel dessas áreas na transformação social e na luta por igualdade.

O Encontros Negros teve início nesta terça-feira (26/11/2024), na Casa do Benin, em Salvador, reunindo especialistas e participantes em debates voltados para o protagonismo e a representatividade da população negra em diversos segmentos. O evento abordou o papel da tecnologia e da música na luta por visibilidade e transformação social, destacando a importância de narrativas positivas e inclusivas.

A mesa de abertura, intitulada “Vozes Negras na Era Digital: a Tecnologia como Ferramenta de Empoderamento e Representatividade”, teve a participação de Tiago Banha e Edilene Alves. Durante o debate, os palestrantes enfatizaram como a tecnologia pode ser utilizada para combater desigualdades, ampliar o acesso à informação e fortalecer a representatividade negra em plataformas digitais.

No período da tarde, a mesa “Composição Negra: Identidade, Resistência e Inovação na Música Brasileira” trouxe reflexões de Pierre Onassis e A Dama. Onassis destacou a música como um ato de militância e de preservação das heranças ancestrais. “Lutar é essencial. Lutamos por respeito, por um lugar ao sol, pelos nossos filhos e pelo nosso povo. Essa referência de luta está em nossos ancestrais e na força que herdamos deles. A música, para mim, é um ato de militância, de expressão e de resistência”, afirmou o cantor.

A Dama, por sua vez, abordou os desafios diários enfrentados pela população negra, como o racismo e o machismo, enfatizando a sobrevivência como um ato de resistência. “A sobrevivência é uma luta constante. Lutamos contra o racismo, o machismo e tantas outras formas de opressão. Cada dia é uma batalha para superar as angústias, as misérias e as dificuldades. Sobreviver já é um ato poderoso, e estar aqui, ocupando este espaço, é uma vitória coletiva”, destacou a artista.

Diogo Dias, um dos participantes do evento, destacou a relevância das discussões. “Participar do Encontros Negros foi uma experiência enriquecedora. As mesas trouxeram discussões sobre a voz negra na era digital e nas composições musicais. Foi inspirador perceber a criatividade e a pluralidade da cultura negra na Bahia, representada por pessoas que são referências em áreas como dança, música e humor. A organização foi assertiva na escolha dos convidados, proporcionando uma tarde de aprendizado e trocas significativas”, afirmou.

A programação do Encontros Negros segue na quinta-feira (28/11), com mais duas mesas. Às 14:30h, “Comunicação e Representatividade: A Voz da Comunidade Negra na Mídia” trará Nina Santos e Igor DSN como palestrantes. Em seguida, às 16h30, “Literatura Negra: Vozes, Narrativas e Resistência” contará com a participação de Elisa Lucinda e Quito Ribeiro, reforçando a importância da literatura como instrumento de resistência cultural.


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