Espetáculo “Gennesius” estreia no Teatro Martim Gonçalves em homenagem ao dramaturgo Roberto de Abreu

Na próxima quarta-feira (11/09/2024), às 19:30h, o Teatro Martim Gonçalves receberá a estreia do espetáculo Gennesius. A peça, que tem entrada gratuita, será encenada até quinta-feira (03/10), com apresentações agendadas de terça a quinta-feira. A trama acompanha Genésio, um menino do interior da Bahia que, após ser abandonado em sua cidade devastada pela seca, é acolhido por um circo. Em sua jornada, Genésio aprende o ofício de artista e explora o que o motiva na arte.

O espetáculo é uma homenagem ao dramaturgo baiano Roberto de Abreu, falecido em 2015, e é baseado em sua obra Gennesius, histriônica epopeia de um martírio em flor. A peça é o projeto de pré-formatura dos alunos do curso de Interpretação Teatral da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A direção é de George Mascarenhas, com co-direção de Elisa Mendes. O elenco é composto por 16 atores e atrizes que se revezam no papel de diversos personagens, apresentando uma combinação de movimento, imagem, música, emoção e humor.

O figurino é assinado por Zuarte Jr., a direção musical é de Luciano Salvador Bahia, os adereços são de Elis Brito e a maquiagem é de Renata Cardoso.

Roberto de Abreu, natural de Vitória da Conquista, foi um renomado ator, dramaturgo e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Fundador do grupo de teatro Finos Trapos, ele contribuiu significativamente para o teatro brasileiro. Em 2008, Abreu foi agraciado com o Prêmio Braskem de Teatro pelo espetáculo Auto da Gamela.

George Mascarenhas, diretor da montagem, pretende explorar as convenções teatrais ao abordar temas relacionados à memória, aos afetos e às transformações proporcionadas pela arte. O nome Genésio é também uma referência ao santo protetor dos artistas e palhaços. A narrativa é apresentada de forma lúdica, integrando a história de Genésio às experiências e aos desejos dos jovens artistas envolvidos. “O espetáculo destaca o trabalho coletivo dos atores, misturando os textos originais com as memórias e as singularidades dos integrantes do elenco e da equipe”, afirma Mascarenhas.