Aumento das mortes por quedas em idosos na Bahia supera média nacional

Um levantamento recente trouxe à tona uma preocupação crescente: o aumento significativo no número de mortes de idosos devido a quedas no Brasil, com dados alarmantes também na Bahia. Segundo informações do Ministério da Saúde, entre 2013 e 2022, o número de óbitos em todo o país dobrou, alcançando 9.592 casos. Na Bahia, o cenário é ainda mais preocupante, com um aumento de 118%, passando de 311 mortes em 2013 para 680 em 2022, indicando uma tendência preocupante devido a quedas do mesmo nível.

Durante o ano de 2022, cerca de 17% dessas mortes na Bahia foram atribuídas a escorregões, tropeções ou passos em falso, representando a terceira causa de mortalidade entre os idosos acima de 65 anos. Esse crescimento levanta sérias preocupações sobre a segurança e o cuidado com essa população vulnerável, especialmente em um contexto de envelhecimento populacional em expansão.

Angelina Oliveira, enfermeira da Ammo Enfermagem, ressalta que esse aumento pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a falta de adaptação dos ambientes domésticos para a mobilidade dos idosos, a ausência de medidas preventivas adequadas e a falta de conscientização sobre os riscos de quedas nessa faixa etária. A fragilidade física também desempenha um papel significativo, com a perda de massa muscular e a diminuição da capacidade sensorial tornando os idosos mais suscetíveis a acidentes desse tipo.

Diante desse cenário preocupante, especialistas estão intensificando esforços para implementar medidas preventivas e educativas. Campanhas de conscientização sobre a prevenção de quedas, adaptação dos ambientes domésticos, prática regular de exercícios físicos para fortalecimento muscular e equilíbrio, além da assistência de cuidadores, são fundamentais para reduzir esses incidentes e proteger a saúde e o bem-estar dos idosos.