As revistas francesas desta semana lançaram edições especiais que mergulham profundamente no conflito envolvendo o grupo extremista Hamas e Israel, buscando compreender não apenas os eventos atuais, mas também as raízes históricas desse embate. A revista “Le Point” lidera essa análise com uma edição de mais de 100 páginas, que explora a ideologia radical islâmica por trás dos manifestantes que apoiam o Hamas. Ela também destaca como o conflito tenta reescrever a história, questionando a presença judaica nas terras ancestrais.
“Com sua ideologia, os radicais islâmicos tentam reescrever a história para explicar que os judeus não deveriam estar em suas terras ancestrais”, afirma uma das matérias da revista. A reportagem alerta para o fato de que o uso da palavra “Palestina” pelos defensores do Hamas muitas vezes ignora que, durante séculos, ela significou o Estado judeu.
A análise da “Le Point” também mergulha na questão histórica, destacando que o islamismo muitas vezes é retratado como uma realidade paralela, ignorando o contexto pré-islâmico. A noção de jihad é discutida como uma forma de combater a suposta invasão sionista israelense.
A revista semanal homenageia o professor Dominique Bernard, vítima de um ataque terrorista na França, e explora o medo que assombra a comunidade escolar do país. A pergunta que ecoa é: “Quem será o próximo?”.
A publicação também dá voz ao filósofo Pierre-Henri Tavoillot, que discute como grupos radicais islâmicos como o Boko Haram consideram a educação ocidental como um pecado, tornando os professores alvos de seus ataques.
Além disso, a “Le Point” examina uma nova lei de imigração que está sob análise no Legislativo francês, vista como uma resposta às ameaças de ataques terroristas. No entanto, alguns analistas citados na reportagem argumentam que a jihad na França começou muito antes dos atentados ao jornal satírico “Charlie Hebdo”.
A revista “L’OBS” também se aprofunda na luta da França contra o jihadismo islâmico, relembrando atentados recentes e a polarização política em torno desse tema. Ela aborda a catástrofe humanitária no Oriente Médio, o risco de uma escalada regional da violência e a ameaça contínua do terrorismo. A diplomacia internacional é comparada a “bombeiros sem capacidade de apagar o incêndio”, e o desinteresse das potências ocidentais na região é mencionado como uma das causas da situação atual.
A revista também dá voz a dois jornalistas de Gaza, que compartilham o drama vivido nesse enclave palestino, onde a falta de água, comida e eletricidade é uma realidade diária. A história da Faixa de Gaza, que se tornou uma “prisão a céu aberto” para os palestinos em 1948, é discutida em detalhes.
Finalmente, “L’OBS” explora o sequestro de quase 200 reféns pelo Hamas no sábado (07/10/2023) e como os parentes das vítimas israelenses apontam a responsabilidade ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo que ocorre.
*Com informações da RFI.
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