A quinta-feira (20/11/2025) marcou o lançamento de “Xangô Alapalá”, faixa inédita de Zeferina e Mateus Aleluia, que chega ao público com videoclipe pelo selo YB Music. A obra, estreando no Dia da Consciência Negra, reverencia o orixá Xangô, associado ao fogo, trovão, sabedoria e justiça, e celebra a memória, resistência e luta do povo preto brasileiro.
A canção representa a comunhão entre tempos, corpos e mundos, simbolizando o encontro artístico entre Zeferina, representante da nova música preta brasileira, e Mateus Aleluia, griô e guardião da cultura afro-brasileira. O trabalho é definido como uma oferenda ancestral, que busca integrar arte, espiritualidade e justiça.
Zeferina destaca que “Xangô Alapalá” é uma música voltada para **curar, continuar e transformar a arte em território de justiça”. A obra nasce de experiências pessoais e espirituais, incluindo luto, sinais e encontros que direcionaram o processo de criação.
Origem e criação da faixa
O percurso da música incluiu o envolvimento de Mateus Aleluia Filho, responsável pelos sopros gravados em Cachoeira, Bahia, que conectou Zeferina ao pai. Mateus Aleluia, ao ouvir a canção, afirmou: “Essa música é o próprio orixá”, consolidando a dimensão espiritual da obra.
A produção musical ficou a cargo de Malka Julieta, que atuou nos arranjos, pianos, guitarras, teclados e batidas eletrônicas, conferindo contemporaneidade e integração entre sagrado afro-brasileiro e elementos da arte trans. A percussão de Rômulo Nardes reforça o aspecto ritualístico, enquanto os sopros de Aleluia Filho evocam a ancestralidade.
O videoclipe, dirigido por Daniel Fagundes e roteirizado por Daniel e Zeferina, explora referências aos ciclos da vida e à presença de ancestrais, transitando entre espaços urbanos e simbólicos e traduzindo a presença do orixá na vida cotidiana.
Lançamento e significado cultural
O lançamento coincide com o Dia da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares, reforçando a canção como expressão de resistência e celebração da negritude viva. A obra conecta tradição e contemporaneidade, estabelecendo diálogo entre música, espiritualidade e memória histórica.
“Xangô Alapalá” evidencia a importância da ancestralidade e da justiça na cultura afro-brasileira, promovendo reflexão sobre identidade, memória e a continuidade da luta negra no Brasil. A faixa também sinaliza a convergência de gerações, unindo artistas que representam distintas temporalidades da cultura preta.
O trabalho de Zeferina e Mateus Aleluia reforça o papel da música como instrumento de preservação cultural, conexão intergeracional e diálogo com tradições espirituais brasileiras, consolidando o projeto como marco no repertório da música preta contemporânea.
Confira vídeo
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