A programação do PanAfro 2025 movimentou o Pelourinho, em Salvador, ao longo de quatro dias, reunindo música, debates, oficinas, literatura e iniciativas da economia negra. O evento articulou ações em diferentes espaços do Centro Histórico, promovendo intercâmbio entre artistas, lideranças de comunidades de terreiro, pesquisadores e público local.
A iniciativa teve como eixo central o fortalecimento dos territórios negros, destacando saberes tradicionais, circulação da produção cultural e participação feminina em atividades artísticas e formativas.
Atividades de abertura e rodas de formação
A abertura ocorreu no Espaço Cultural Barroquinha, com apresentação da ekedy Sinha, seguida da roda de conversa “Formação e Saber — A Pedagogia dos Terreiros”, que reuniu Lidinalva Barbosa, Claudia Santos e Vânia Melo, sob mediação de Mara Felipe. O encontro abordou fundamentos da educação ancestral e o papel dos terreiros como espaços de formação e organização comunitária.
Na sequência, Diggo de Deus realizou apresentação musical acompanhado pela percussão da Escola Olodum, com repertório alinhado às tradições afro-baianas.
Oficinas e exibição audiovisual
Paralelamente, o estúdio de Negra Jhô sediou o workshop “Turbantes: Coroas, Símbolos e Resistência”, com demonstrações e discussões sobre simbologias e práticas associadas ao turbante. À noite, o Museu Eugênio Teixeira Leal exibiu o documentário “Jornada das Folhas”, seguido de bate-papo com produtores sobre economia do sagrado e atuação das mulheres na coleta de folhas utilizadas em rituais e na medicina ancestral.
Programação artística e atividades formativas
O Workshop de Dança da Escola Olodum, conduzido por Wagner Omi, ocupou a Praça Pedro Arcanjo, reunindo participantes interessados em ritmos afro-baianos. Na Rua Alaíde do Feijão, o Espaço Conceito Preto Fala de Amor realizou contação de histórias, oficinas criativas, rodas literárias, encontro de editoras independentes e show da cantora Clarice Ravena.
A tarde encerrou com o Workshop de Percussão ministrado por Geraldo Marques, seguido de cortejo até a sede da Escola Olodum, onde participantes apresentaram conteúdos aprendidos durante a oficina.
Economia criativa e circulação de produtos autorais
A Afro Colab – Feira Afro Bahia ocupou a Praça Pedro Arcanjo durante o fim de semana, reunindo afroempreendedores, produtos autorais e iniciativas voltadas ao fortalecimento da economia negra. A programação contou com apresentações do DJ Branco, da percussão da Escola Olodum com participações especiais, e do partido alto conduzido por Naira Garrido.
O Espaço Conceito Preto Fala de Amor manteve atividades literárias durante todo o sábado, com rodas, lançamentos e oficinas vinculadas à literatura faraônica.
Encerramento e continuidade da programação
No domingo, último dia do evento, a Feira Afro Bahia seguiu recebendo visitantes, destacando ações de visibilidade para a produção cultural negra. Entre as atrações, estiveram Elpídio Bastos, Mestre Marsal e intervenções do DJ Branco. O encerramento ficou a cargo do grupo Samba Ohana, com repertório dedicado à cultura afro-brasileira e à participação feminina nas expressões musicais.
O PanAfro 2025 reafirmou a relevância dos territórios negros de Salvador como espaços de formação, arte e memória. A programação segue com a segunda etapa do festival, FEMADUM 2025, prevista de 5 a 7 de dezembro (05/12/2025 a 07/12/2025).
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from News Veritas Brasil (NV)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




