O Centro Histórico de Salvador recebe, até o dia 16 de novembro de 2025, a exposição ‘Solitude’, da artista baiana Lucia Alfaya, no M.E. Ateliê da Fotografia, localizado na Ladeira do Boqueirão, 6, Santo Antônio Além do Carmo. A mostra, com 13 obras autorais, aborda a solidão do homem moderno, refletindo sobre o isolamento humano, ora ampliado pelo virtual, ora distante do contato físico. As visitas são gratuitas e acontecem de quarta a domingo, das 16h às 19h.
A curadoria da exposição é assinada pelo fotógrafo Mario Edson, e as obras incluem títulos como A Busca, Noite Solar, Eu, Superação e Claustro no Espelho I, que evidenciam rostos anônimos e cenários introspectivos, retratando a incomunicabilidade e o individualismo contemporâneo.
Tema e abordagem artística
O trabalho de Alfaya mergulha na solidão do homem pós-moderno, inspirado na análise do filósofo Gilles Lipovetsky, explorando a relação entre tecnologia, isolamento e identidade. As obras, em técnica mista sobre tela, apresentam formas geométricas e figuras sem rosto, criando um ambiente de reflexão sobre o pertencimento e o espaço urbano contemporâneo.
Segundo o crítico de arte César Romero, “há um refinado cuidado artesanal e um bom domínio da técnica da pintura. Lúcia Alfaya veste suas telas de alheamentos, que questionam o lugar que vivemos e o nosso pertencimento, numa ampla variedade de formas geométricas. Um não lugar, onde suas personagens anônimas, sem rosto, vazadas, podem estar olhando pontos inexistentes, absortos em sua incomunicabilidade”.
Histórico da artista e relevância da mostra
Lucia Alfaya desenvolve seu trabalho desde os anos 2000, iniciando pela Escola Caminho das Artes, e conquistou destaque no VII Salão Bahia Marinhas (2009). A exposição ‘Solitude’, resultado de 15 anos de dedicação artística (2010-2025), consolida sua trajetória, reunindo obras que refletem introspecção, solidão e crítica social, sendo considerada relevante no cenário das artes plásticas da Bahia.
A artista reforça que a mostra busca representar a solidão contemporânea, marcada pelo medo da violência e pela mediação virtual, em personagens que permanecem anônimos e introspectivos, convidando o público a uma reflexão sobre a vida urbana e suas conexões humanas.
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