A campanha Setembro em Flor reforça a importância da prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres ginecológicos, incluindo colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país registra cerca de 30 mil novos casos por ano, sendo mais de 16 mil de câncer de colo uterino. A iniciativa visa ampliar o acesso a exames preventivos, vacinação e novas tecnologias médicas.
Prevenção e rastreamento
O acesso a exames simples, como Papanicolau e teste de DNA-HPV, permite identificar lesões antes que se transformem em tumores. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra HPV a meninas e meninos a partir de 9 anos, antes do início da vida sexual. O oncologista Cleydson Santos, coordenador do serviço de Oncologia do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), destaca que imunização, uso de preservativo e rastreamento regular são ferramentas essenciais para reduzir a incidência do câncer de colo uterino.
Avanços tecnológicos e tratamento
Nos últimos anos, o diagnóstico se beneficiou de novas tecnologias de imagem, testes moleculares, imunoterapia e acompanhamento multidisciplinar, permitindo intervenções mais precoces e terapias personalizadas. Apesar dos avanços, o acesso a diagnóstico e tratamento ainda é desigual entre sistemas público e privado, impactando negativamente a sobrevida de pacientes dependentes do SUS.
Cirurgia robótica: inovação no tratamento ginecológico
A cirurgia robótica se destaca como tecnologia de precisão em casos ginecológicos, incluindo tumores, endometriose e miomas. Entre 2018 e 2024, o número de robôs cirúrgicos no Brasil passou de 51 para 111 equipamentos, com crescimento de mais de 400% nos procedimentos. Segundo o cirurgião Ricardo Amaral (HMDS), a técnica reduz sangramento, complicações e tempo de internação, oferecendo maior segurança e preservação de funções para pacientes oncológicas.
Desafios e acesso à saúde
A obstetra Ilser Ligia Martinez Noguera (HMDS) alerta que muitas mulheres ainda não realizam exames preventivos regularmente, identificando câncer em estágios avançados. Ela reforça a necessidade de políticas públicas efetivas que garantam rastreamento, vacinação e tratamento de qualidade em todas as regiões, destacando a importância de campanhas educativas e tecnologia médica avançada para reduzir a mortalidade por câncer ginecológico.
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