Um relatório das Nações Unidas revelou nesta quarta-feira (27/08/2025) que as violações graves contra crianças em contextos de conflito cresceram 25% em 2024 em comparação ao ano anterior. O documento, elaborado pelo Escritório da Representante Especial do Secretário-Geral para Crianças e Conflitos Armados, registrou 11.967 casos confirmados de assassinatos, mutilações, sequestros, recrutamento de menores, negação de acesso humanitário e uso de crianças por forças e grupos armados.
Segundo o levantamento, Israel e os Territórios Palestinos concentram o maior número de ocorrências, totalizando 8.554 casos. Em seguida aparecem a República Democrática do Congo (4.043), a Somália (2.568), a Nigéria (2.436) e o Haiti (2.269). Em termos percentuais, a maior elevação foi registrada no Líbano (545%), seguido por Moçambique (525%), Haiti (490%), Etiópia (235%) e Ucrânia (105%).
O estudo cobre o período entre agosto de 2024 e julho de 2025 e evidencia preocupações adicionais com o desrespeito ao direito internacional humanitário e ao direito das crianças em zonas de conflito. A representante especial interina da ONU, Najat Maalla M’jid, afirmou que os menores estão sendo diretamente impactados pela violência. Para ela, a única forma de garantir a proteção das crianças é assegurar paz e estabilidade duradouras.
Durante o período analisado, foram registradas ações de cooperação com grupos armados, que resultaram na transferência de crianças para autoridades civis na República Centro-Africana e no Iêmen. Houve também libertações de menores no Afeganistão e no Sudão. Desde o início das negociações globais, mais de 40 planos de ação já foram firmados, culminando na libertação de 220 mil crianças de forças e grupos armados.
A ONU destacou ainda a campanha “Prove que importa”, lançada em março, que busca mobilizar a comunidade internacional em apoio à Convenção sobre os Direitos da Criança, dando visibilidade às vozes infantis e defendendo a manutenção de recursos destinados à proteção desse grupo vulnerável.
*Com informações da ONU News.
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