Encerramento da gestão da Fábrica Cultural marca novo ciclo no Programa Artesanato da Bahia

Contrato de gestão da Fábrica Cultural termina após quase seis anos de atuação com ações de qualificação, comercialização e fortalecimento da identidade artesanal baiana.
Contrato de gestão da Fábrica Cultural termina após quase seis anos de atuação com ações de qualificação, comercialização e fortalecimento da identidade artesanal baiana.

A Associação Fábrica Cultural encerrará na quinta-feira (31/07/2025) o contrato de gestão do Programa Artesanato da Bahia, executado desde 2019 em parceria com a Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE). A iniciativa promoveu ações voltadas à qualificação, promoção e comercialização do artesanato, com abrangência em diversos territórios do estado.

Atividades marcam encerramento do ciclo

Para marcar a conclusão da gestão, serão realizados dois encontros com artesãos e artesãs que participaram das formações ofertadas em julho. O primeiro ocorre nesta terça-feira (29/07/2025), na sede da Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho (AAMOM), no distrito de Aratuípe. O segundo será promovido na quarta-feira (30/07/2025), na sede da Fábrica Cultural, em Salvador, com transmissão ao vivo pelo canal do programa no YouTube (@ArtesanatodaBahia).

Durante os eventos, será realizada a entrega de certificados a cerca de 100 participantes dos cursos de marketing digital, fotografia, portfólio, técnicas de vendas, precificação e biojoias com argila e piaçava.

Balanço da qualificação e formação técnica

Ao longo do contrato de gestão nº 024/2019, foram ofertadas 82 ações de capacitação (cursos, oficinas, workshops e painéis temáticos) em 15 municípios, contemplando 14 rotas e 14 territórios de identidade. As formações resultaram na emissão de 4.209 certificados, em atividades presenciais e online, por meio da Escola Virtual do Artesanato da Bahia (EVA). Lançada em outubro de 2022, a EVA oferece atualmente 11 cursos e consolidou-se como ferramenta estratégica de formação continuada.

Comercialização e geração de renda

No eixo de comercialização, o programa promoveu 79 feiras de artesanato em diferentes regiões do estado e em outros estados, beneficiando 1.291 artesãos e 146 associações, com 109.036 produtos expostos e 34.877 comercializados, gerando receita superior a R$ 1,4 milhão.

Também foram realizados 60 eventos de promoção e comercialização, que movimentaram aproximadamente R$ 250 mil. As rodadas de negócios reuniram 58 compradores de quatro estados (BA, SE, RJ e SP), com média de 38 artesãos beneficiados, e geraram mais de R$ 684 mil em negociações.

As lojas fixas e temporárias do Artesanato da Bahia também foram destaque no escoamento da produção artesanal, beneficiando 611 artesãos e 20 associações, com mais de 81 mil produtos comercializados e receita próxima a R$ 4 milhões.

Eventos e festivais

Durante a gestão, o programa realizou eventos de grande porte, como o Festival Nacional de Artesanato da Bahia (FENABA), com impacto econômico estimado em R$ 2 milhões em 2024, e o Festival da Cerâmica de Maragogipinho, que gerou R$ 1,1 milhão em duas edições (2023 e 2024). Nos festivais, também ocorreram ações para o reconhecimento dos oleiros e oleiras como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, com o apoio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

Visibilidade e comunicação

Entre 2019 e 2025, a comunicação digital do programa resultou em mais de 3.500 publicações nas redes sociais, alcançando 7,7 milhões de pessoas no Instagram, 4,9 milhões no Facebook e 1,6 milhão de impressões em stories. O canal do YouTube registrou 737 mil visualizações. A mídia espontânea gerou valor estimado em R$ 14 milhões, promovendo tanto o programa quanto os festivais realizados no período.

Escuta ativa e políticas públicas

Um dos marcos da gestão foi a adoção da escuta ativa como metodologia de desenvolvimento. Destaque para o plano de desenvolvimento do artesanato em Maragogipinho, criado para atender demandas da comunidade local, com foco no crescimento sustentável da produção artesanal.

O coordenador da Casa Artesanato da Bahia, Weslen Moreira, destacou a importância da parceria: “Essa parceria com a Fábrica Cultural foi importante para consolidar a marca Artesanato da Bahia, ampliando os horizontes do setor no estado.”

A diretora da Fábrica Cultural, Jaqueline Azevedo, também avaliou o encerramento do ciclo: “Cumprimos o que nos propusemos com essa política pública e deixamos um legado sólido. Seguimos fortalecendo essa política com responsabilidade e compromisso.”

Próximos passos

A partir de sexta-feira (01/08/2025), as ações de promoção, qualificação e comercialização do Programa Artesanato da Bahia passarão a ser executadas por três novas organizações selecionadas pelo Governo do Estado, mantendo a estrutura de políticas públicas voltadas ao setor artesanal.


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