A construção de um novo edifício residencial no bairro da Barra, em Salvador, motivou uma audiência no Ministério Público da Bahia (MP-BA) na manhã desta terça-feira (09/07/2025). O encontro tratou dos impactos da verticalização na região, especialmente no entorno da Rua Barão de Itapuã, onde anteriormente funcionava um supermercado.
A reunião contou com a participação da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), da promotora Cristina Seixas, coordenadora da divisão ambiental do MP-BA, e do advogado Yuri Arléo, representante de moradores locais. O empreendimento prevê a construção de cerca de 600 unidades habitacionais, o que, segundo os participantes, pode agravar os problemas já existentes no bairro.
Preocupações da comunidade
Durante a audiência, foram destacados impactos potenciais sobre o trânsito, saneamento, poluição sonora e qualidade ambiental. A vereadora Aladilce afirmou que a região vem sendo marcada por uma transformação intensa, com substituição de residências e comércios por empreendimentos verticais, o que, segundo ela, sobrecarrega a infraestrutura urbana existente.
O advogado Yuri Arléo citou que somente no Jardim Brasil, área próxima ao novo empreendimento, dez novos prédios foram erguidos nos últimos anos, gerando consequências que, segundo ele, ainda não foram devidamente avaliadas pelas autoridades.
Avaliação das licenças e impacto urbano
A promotora Cristina Seixas defendeu a análise criteriosa das licenças urbanísticas, com especial atenção ao Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) do projeto. Segundo ela, é essencial garantir que os novos empreendimentos estejam de acordo com os instrumentos legais e urbanísticos em vigor.
Tanto a promotora quanto a vereadora ressaltaram a importância da participação da sociedade civil nos debates sobre o uso e a ocupação do solo urbano. A audiência também abordou a necessidade de preparação para a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que define as diretrizes para o crescimento da cidade.
Desdobramentos
O Ministério Público deve solicitar informações complementares sobre o projeto e avaliar a regularidade das licenças emitidas. Moradores e representantes comunitários pretendem continuar mobilizados, acompanhando o andamento do caso e participando das etapas de planejamento urbano que envolvem a região.
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