A Missão Permanente do Brasil na ONU realiza nesta quinta-feira (26/06/2025) um evento comemorativo pelos 80 anos da Carta das Nações Unidas, documento fundacional da organização assinado em 26 de junho de 1945. A cerimônia ocorre na sede da ONU, em Nova Iorque, e tem como foco o legado da igualdade de gênero no texto original, que contou com a participação direta da diplomata e cientista brasileira Bertha Lutz.
O Brasil foi um dos 50 países signatários da Carta da ONU, durante a Conferência de São Francisco, em 1945. Na ocasião, apenas quatro mulheres participaram da redação do documento: Bertha Lutz (Brasil), Virginia Gildersleeve (EUA), Wu Yi-fang (China) e Minerva Bernardino (República Dominicana). Elas atuaram para a inclusão da expressão “direitos iguais de homens e mulheres” no preâmbulo e no artigo 8 da Carta, que proíbe restrições de gênero para ocupação de cargos nos órgãos da ONU.
Durante o evento, será inaugurada uma exposição fotográfica que destaca a atuação das mulheres na fundação da ONU. Também será promovido um painel de discussões com representantes da China, República Dominicana, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, e a diretora-executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, além do embaixador brasileiro, Sergio Danese.
A exposição e o painel pretendem ainda refletir sobre o futuro da liderança da ONU, com expectativas em torno da eleição do próximo secretário-geral, prevista para 2026. Após nove mandatos consecutivos ocupados por homens, cresce o debate sobre a possibilidade de uma mulher assumir o cargo pela primeira vez na história da organização.
O evento marca também outros dois marcos: os 25 anos da Resolução 1325 do Conselho de Segurança, sobre Mulheres, Paz e Segurança, e os 30 anos da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada em Pequim, em 1995. A conferência ficou conhecida pelo discurso da então primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que afirmou: “Os direitos das mulheres são direitos humanos”.
Segundo a Missão do Brasil, a iniciativa busca reconhecer a contribuição das mulheres do Sul Global na construção do sistema multilateral e reforçar os compromissos com os princípios de igualdade expressos desde a fundação da ONU.
*Com informações da ONU News.
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