A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, visitou nesta segunda-feira (19/05/2025) o Hospital Geral de Pedreira, localizado na zona sul de São Paulo, para conhecer de perto o funcionamento de um modelo inovador de telemedicina aplicado em atendimentos de emergência. A visita integra a programação da gestora na capital paulista, onde representa o governador Jerônimo Rodrigues na Feira Hospitalar, considerada o maior evento do setor na América Latina.
O hospital paulista tem se destacado por utilizar um modelo remoto de consulta médica para casos classificados como de menor gravidade, conhecidos como azul e verde. Nessa abordagem, os pacientes são atendidos por médicos via videoconferência, com o apoio de equipes de enfermagem e administração de medicamentos no próprio local.
De acordo com a secretária, a visita faz parte de uma agenda estratégica da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), voltada à avaliação de soluções tecnológicas e de gestão em saúde com potencial de implantação no estado.
“Estamos avaliando a viabilidade de implantar essa iniciativa nos hospitais da Bahia, respeitando as especificidades locais e pactuando com os municípios”, afirmou Roberta Santana.
Resultados do modelo paulista
O modelo adotado pelo Hospital Geral de Pedreira realiza cerca de 900 atendimentos diários, com índice de satisfação de 98% entre os pacientes. A estratégia tem contribuído para a redução do tempo de espera nas unidades de pronto atendimento, ao mesmo tempo em que preserva a capacidade de resposta a casos graves.
“A experiência reduz significativamente o tempo de espera e desafoga as emergências. É uma solução que combina eficiência com agilidade na assistência”, observou a secretária.
Proposta de implantação na Bahia
A iniciativa deve compor uma proposta de implantação na rede estadual baiana ainda em 2025, segundo a titular da Sesab. Antes da visita a São Paulo, Roberta Santana também esteve em Uberlândia (MG), onde o mesmo modelo já está em funcionamento.
“O governador Jerônimo tem sido claro ao afirmar que nenhum paciente pode sair sem atendimento. Estamos trabalhando para otimizar o sistema de saúde e, ao mesmo tempo, fortalecer a atenção básica, que é onde muitos desses casos deveriam ser resolvidos”, destacou.
O novo modelo deverá ser integrado à rede de atenção primária, com ênfase na resolutividade dos atendimentos e acolhimento dos pacientes. A proposta será apresentada aos municípios para pactuação conjunta, considerando que os casos de menor complexidade, como os classificados na cor azul, devem ser preferencialmente absorvidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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