Cirurgia robótica cresce 417% no Brasil e amplia tratamento para endometriose

Cirurgia robótica cresce 417% no Brasil e amplia tratamento para endometriose.
Cirurgia robótica cresce 417% no Brasil e amplia tratamento para endometriose.

A cirurgia robótica registrou um crescimento de 417% no Brasil nos últimos cinco anos, consolidando-se como uma alternativa eficaz no tratamento da endometriose. A condição, que afeta cerca de 8 milhões de mulheres no país, pode causar dor intensa e comprometimento da fertilidade. A técnica avançada permite maior precisão, menor risco de complicações e recuperação mais rápida para as pacientes.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio fora do útero, podendo acometer órgãos como ovários, trompas e intestino. Em aproximadamente 20% dos casos, a doença é assintomática, dificultando o diagnóstico precoce. Para os casos mais graves, como a endometriose de infiltração profunda e a pelve congelada, a cirurgia robótica tem se mostrado uma opção viável, substituindo a laparoscopia convencional.

Segundo o Dr. Heron Cangussu, do Núcleo de Endometriose e Fertilidade (NEF), localizado no Centro Médico Aliança, a técnica robótica representa um grande avanço. “A endometriose precisa ser tratada com precisão para minimizar os sintomas e evitar impactos na fertilidade. A cirurgia robótica possibilita um procedimento mais seguro e eficaz, reduzindo dores pós-operatórias e agilizando a recuperação”, explica. No NEF, além do Dr. Heron, os especialistas Dr. Carlos Lino, Dr. Paulo Vittor Soares e Dr. Alexandre Amaral também são certificados em cirurgia robótica.

A cirurgia robótica foi introduzida no Brasil há 15 anos. Nos dez primeiros anos, cerca de 17 mil procedimentos foram realizados. Com a ampliação da infraestrutura, esse número aumentou para 88 mil cirurgias nos últimos cinco anos. A adoção crescente da técnica deve-se às vantagens proporcionadas pelo sistema robótico, que oferece visão tridimensional (3D) ampliada, movimentos mais precisos e menor morbidade.

“A tecnologia permite ao cirurgião uma visão ampliada do campo operatório e movimentos mais delicados. As pacientes têm menos riscos de sangramento, sentem menos dor no pós-operatório e geralmente recebem alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento”, ressalta o Dr. Heron.


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