Na quinta-feira (14/03/2025), um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que o número de casos de sarampo na Europa e Ásia Central atingiu um patamar recorde nos últimos 25 anos. Foram 127.350 notificações em 2024, o dobro do registrado em 2023, com 38 mortes confirmadas até 6 de março de 2025.
Impacto nas crianças e hospitalizações
De acordo com as Nações Unidas, crianças com menos de cinco anos representam 40% dos casos notificados. Mais da metade das infecções demandou hospitalização, refletindo a gravidade da situação. A análise inclui 53 países da Europa e da Ásia Central, onde o aumento do número de casos foi registrado de forma generalizada.
Tendência de aumento e histórico de surtos
O sarampo estava em declínio na Europa desde 1997, quando 216 mil casos foram reportados. Em 2016, o número caiu para 4.440. No entanto, surtos ressurgiram entre 2018 e 2019, com 89 mil e 106 mil casos, respectivamente. As agências da ONU indicam que a redução das campanhas de vacinação durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para a nova escalada de infecções entre 2023 e 2024.
Baixa cobertura vacinal e desafios na imunização
A OMS alertou que as taxas de vacinação em muitos países não retornaram aos níveis pré-pandemia, aumentando o risco de novos surtos. Sem imunização em larga escala, a contenção do vírus torna-se mais difícil. Em 2023, menos de 80% das crianças em países como Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Macedônia do Norte e Romênia foram vacinadas contra o sarampo.
No ano passado, Romênia e Cazaquistão registraram juntos 58.700 casos, representando uma parte significativa do surto europeu. A OMS e o Unicef reforçam que governos devem investir em campanhas de imunização, ampliar o acesso às vacinas e fortalecer os sistemas de saúde para conter a disseminação da doença.
Consequências do sarampo e medidas preventivas
O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo e pode levar a complicações graves, como pneumonia, encefalite, diarreia e desidratação. Além disso, a infecção pode comprometer o sistema imunológico, reduzindo a capacidade do organismo de combater outras doenças e aumentando a vulnerabilidade a novas infecções.
Para especialistas, países que não registraram surtos recentes também devem reforçar a vigilância epidemiológica e se preparar para conter eventuais casos. A vacinação em massa continua sendo a principal estratégia para erradicar a doença.
* Com informações Nações Unidas.
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