Serviço de mamoplastia da maternidade de Camaçari melhora qualidade de vida de mulheres na Bahia

Serviço de mamoplastia da maternidade de Camaçari melhora qualidade de vida de mulheres na Bahia.
MRC realiza cirurgia de redução de mama pelo SUS, beneficiando pacientes de diversos municípios do estado.

A Maternidade Regional de Camaçari (MRC), unidade vinculada à Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), oferece o serviço de mamoplastia redutora para mulheres que sofrem com hipertrofia mamária. O procedimento, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é indicado para pacientes com laudo médico que ateste comprometimento do sistema músculo-esquelético devido ao peso das mamas.

A marisqueira Ana Rita Ferreira da Silva Souza, de 53 anos, enfrentava dores crônicas nas costas devido ao tamanho excessivo dos seios. “Não conseguia dormir de barriga para baixo e, após o trabalho, precisava tomar remédio para dor na coluna. Quando descobri que a MRC realizava esse procedimento, passei pela avaliação médica e fui encaminhada. Retiraram 650 ml de cada mama e, hoje, minha dor aliviou muito”, relata.

Para acessar a cirurgia, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e passar por avaliação clínica. Caso seja constatado impacto significativo na saúde, a paciente é encaminhada para uma unidade com cirurgião especializado. Na MRC, o acesso ocorre por meio do sistema de regulação ambulatorial, com encaminhamentos provenientes de diversos municípios.

Desde a implantação do programa, em novembro de 2024, 24 mulheres já realizaram o procedimento e receberam acompanhamento pós-operatório. Outros 53 procedimentos estão agendados até junho. “Atendemos pacientes de aproximadamente 18 municípios, incluindo Barreiras, Itaparica, Vera Cruz, Vitória da Conquista e Jequié. Nosso compromisso é garantir atendimento qualificado e humanizado desde a triagem até a recuperação”, afirma Gisélia Pinheiro, diretora da unidade.

Critérios médicos e impacto na autoestima

A seleção das pacientes segue diretrizes médicas rigorosas, conforme explica a coordenadora ambulatorial da MRC, Marluce da Hora. “Mesmo com o laudo médico, avaliamos se a paciente atende aos critérios exigidos. O IMC deve ser de até 28 e não podem haver comorbidades não relacionadas à gigantomastia. Se o IMC estiver acima, a paciente é orientada a reduzir peso antes da cirurgia”. Além dos benefícios físicos, a cirurgia também impacta significativamente a autoestima das pacientes. “Criei um grupo chamado ‘Devolvendo a autoestima para mulheres’, onde compartilhamos histórias de transformação e recuperação”, acrescenta.

Eduarda Alves Cerqueira Pinheiro, de 38 anos, convivia com gigantomastia desde a adolescência e enfrentava dores constantes e dificuldades posturais. “Sempre usei sutiã tamanho 52 e, na infância, vestia roupas largas para esconder o tamanho dos seios e evitar assédios e bullying”. Após a avaliação, foi constatado que seus problemas de coluna eram decorrentes da gigantomastia, o que resultou no encaminhamento para a MRC. “Fui acolhida desde o início. Toda a equipe foi maravilhosa, proporcionando segurança e tranquilidade ao longo do processo”, conta.

Mais do que um procedimento cirúrgico, a mamoplastia redutora representa um alívio para dores crônicas e desconfortos diários, resgatando o bem-estar e a confiança das pacientes. “Para muitas mulheres, essa cirurgia significa recuperar a qualidade de vida e a autonomia”, conclui Gisélia Pinheiro.


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