O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo será marcado, em Salvador, por uma caminhada organizada pela Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-Ba), com o objetivo de sensibilizar a população sobre a grave violação dos direitos humanos representados pelo trabalho análogo ao de escravo. A atividade ocorre nesta terça-feira (28/01/2025), com concentração às 16h, ao lado da Igreja da Vitória, no centro da cidade. Antes da caminhada, será realizada uma oficina de confecção de cartazes. O trajeto seguirá até a Praça do Campo Grande, onde, às 18h, será realizado um ato com falas de representantes das 38 instituições que integram a Coetrae-Ba. O evento também contará com apresentações culturais, como samba de roda, chá.
Com o tema “Diga Não ao Trabalho Escravo”, a ação não apenas fortalece o compromisso com a erradica
Dados de Luta e Memória
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi instituído em 2004, em memória dos auditores fiscais do trabalho e dos motoristas assassinados em Unaí (MG) enquanto investigavam casos de trabalho escravo. A data representa um marco na luta pela erradicação da violação dos direitos humanos, com o objetivo de promover conscientização, reflexão e mobilidade
Resgates e Desafios
Em 2024, o Brasil registrou 1.684 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar da redução em relação aos anos anteriores, com 3.238 resgates em 2023 e 2.507 em 2022, o número ainda revela um cenário de desafio no combate à exploração laboral. No estado da Bahia, entre 2021 e 2023, 270 trabalhadores foram resgatados em 60 casos. Em 2024, o Núcleo de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (NETP/SJDH) monitorou seis operações de fiscalização e atuou no pós-resgate de 178 vítimas, incluindo dois casos de exploração sexual de cidadão
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, a cada ano, cerca de 2,4 milhões de pessoas são traficadas para fins de trabalho escravo. Esse tráfico movimenta cerca de 32 milhões de dólares, situando-se atrás apenas do comércio de drogas e do contrabando de
A Coetrae-Ba e a Articulação de Ações
A Coetrae-Ba, coordenada pela SJDH, reúne 38 instituições, incluindo secretarias de Estado, órgãos federais, Ministério Público e organizações da sociedade civil. A comissão se reúne bimestralmente para deliberar sobre ações de combate e prevenção ao trabalho escravo. Entre os membros da Coetrae, destacam-se a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Federal (PF), a Defensoria Pública da União (DPU).
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