O mercado de comunicação no Brasil, que já conta com quase 1200 agências, tem vivenciado uma crescente demanda por serviços ligados à internet, especialmente nas redes sociais. De acordo com dados do Censo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), a gestão de redes sociais representa atualmente cerca de 43% das buscas pelos serviços das agências, um número expressivo que reflete a crescente digitalização da comunicação. Apesar dessa ascensão, as assessorias de imprensa ainda são os serviços mais procurados, com 75% das empresas mantendo essa prática como principal foco.
A evolução do mercado digital traz à tona uma questão relevante: como as redes sociais impactam a prática do profissional de comunicação, especialmente considerando a efemeridade das mensagens transmitidas e as constantes mudanças nas plataformas? O tempo de vida das postagens nas redes sociais é curto, o que exige dos profissionais de comunicação uma abordagem ainda mais estratégica, com foco na produção de conteúdo relevante e na construção de uma imagem sólida e duradoura.
Rodrigo Almeida, diretor da agência CRIATIVOS e sócio-diretor da ROTHA4U, aponta que as redes sociais devem ser vistas como um complemento e não um substituto para a assessoria de imprensa. Segundo ele, as duas práticas possuem objetivos distintos, mas complementares. “Entender que o trabalho conjunto e coordenado das ferramentas de comunicação potencializa o diálogo com os públicos é essencial para a criação de resultados efetivos. As redes sociais promovem diálogos imediatos e mais emocionais, enquanto a assessoria de imprensa fortalece a base da marca, agregando credibilidade por meio dos veículos de comunicação, com um caráter mais racional e institucional”, explica Almeida.
A utilização das redes sociais como plataforma de diálogo imediato permite que os profissionais de comunicação realizem testes rápidos de aceitação das mensagens e ajustem suas estratégias em tempo real. Nesse contexto, a análise de dados se torna uma ferramenta crucial, permitindo que as agências mensurem a recepção do público e, assim, otimizem os planos de comunicação para garantir maior eficácia na transmissão da mensagem.
Rodrigo Almeida, que conta em seu portfólio com grandes marcas como AMVOX e OR – Odebrecht Realizações, destaca que, embora as redes sociais desempenhem um papel fundamental no fortalecimento da imagem pública das marcas, elas não substituem a construção de um relacionamento com os veículos de comunicação. “A assessoria de imprensa não se limita apenas a transformar uma informação em notícia. Ela também constrói uma relação de credibilidade entre os emissores da mensagem e os veículos de comunicação, ampliando o alcance da informação para o público em geral ou segmentos específicos”, afirma Almeida.
Para ele, os veículos de comunicação tradicionais ainda possuem um poder de influência significativo, com a capacidade de conferir maior credibilidade às mensagens que divulgam. “Por mais que uma marca tenha uma forte presença digital, o fato de um veículo de imprensa falar sobre determinado evento, lançamento ou produto torna a informação mais confiável aos olhos do público. Essa construção de reputação, através do diálogo com a imprensa, é essencial para quem busca consolidar sua imagem no mercado”, conclui o especialista.
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