O triatleta paranaense Ronan Cordeiro alcançou um feito histórico para o Brasil ao conquistar a primeira medalha paralímpica do país na modalidade de triatlo nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Cordeiro, que compete na classe S5, completou a prova, composta por natação, ciclismo e atletismo, em 59 minutos e 01 segundo, garantindo a medalha de prata.
O ouro foi conquistado pelo norte-americano Chris Hammer, com o tempo de 58 minutos e 44 segundos, enquanto o alemão Martin Schulz ficou com a medalha de bronze, com um tempo de 59 minutos e 19 segundos.
Em uma entrevista após a competição, Cordeiro expressou sua gratidão e reflexão sobre a conquista. Ele destacou as dificuldades enfrentadas durante sua preparação, incluindo longos períodos fora do Brasil e a alta competitividade do esporte. “O triatlo é um esporte injusto. Eu queria agradecer a toda a minha equipe, porque este ano eu fiquei de oito a 10 meses quase seguidos fora do Brasil. Eu tinha uma missão de quebrar esse paradigma. O cara da minha classe, que tem a bike mais barata custa R$ 120 mil. Quero agradecer a todo o apoio. Eu tenho patrocínio que investiu mais de R$ 800 mil em mim, o CPB quase R$ 1 milhão. Olha o resultado que a gente fez. Eu arrisquei tudo na natação, dei tudo no ciclismo e paguei caro na corrida. É um resultado histórico e vai mudar para o triatlo.”
Ronan Cordeiro, natural de Curitiba, iniciou sua trajetória no triatlo há seis anos e foi ouro no World Series de Triatlo, em Swansea, no País de Gales, em junho deste ano. Antes de migrar para o triatlo, Cordeiro competiu na natação de 2012 a 2018. Ele possui uma má formação congênita na mão esquerda.
*Com informações da Agência Brasil.
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