O Brasil registrou recentemente suas primeiras mortes confirmadas por febre Oropouche, uma doença rara transmitida pelo mosquito-pólvora. As vítimas, duas mulheres com menos de 30 anos, eram residentes da Bahia e faleceram em março e maio deste ano. A confirmação das mortes foi anunciada pelo Ministério da Saúde e é um marco preocupante na evolução da doença.
A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (SES-BA) inicialmente suspeitou da febre Oropouche como causa dos óbitos, e a confirmação veio após análises detalhadas. Uma das vítimas faleceu em Valença e a outra em Itabuna. A febre Oropouche é causada pelo vírus Oropouche, transmitido por mosquitos do gênero Culicoides, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Kelly Sampaio, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Unime Anhanguera, ressaltou a importância dos cuidados preventivos devido à proliferação do mosquito em ambientes úmidos e quentes. “Os ovos do mosquito-pólvora eclodem em dois a sete dias em locais úmidos e se transformam em adultos em três semanas. É crucial manter ambientes limpos e livres de materiais orgânicos que servem como abrigo para as larvas”, explicou.
Os sintomas da febre Oropouche incluem febre alta, dor muscular, dor nas articulações, diarreia e náusea, semelhantes aos de outras doenças virais como dengue e chikungunya. O diagnóstico é realizado por exames laboratoriais específicos, como RT-PCR e sorologia. O tratamento é sintomático e inclui medidas como antitérmicos, analgésicos, hidratação e repouso.
Para prevenir a febre Oropouche, Sampaio recomenda eliminar locais de reprodução dos mosquitos, manter recipientes de água limpos, usar telas e mosquiteiros, aplicar repelentes, e usar roupas protetoras. Além disso, é importante colaborar com programas de controle de vetores promovidos pelas autoridades locais.
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