Na tarde desta segunda-feira (01/07/2024), o Fogo Simbólico do 2 de Julho, símbolo da Independência do Brasil na Bahia, chegou a Salvador após percorrer os roteiros do Recôncavo baiano, iniciando em Cachoeira, e do Litoral Norte, partindo de Mata de São João. A cerimônia de recepção ocorreu no Panteão de Pirajá, localizado na Praça General Labatut, em Pirajá, e contou com a presença de autoridades municipais, civis e militares, além da população local. A celebração foi enriquecida pela apresentação do grupo Cortejo Afro, originário do próprio bairro.
Durante o evento, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Pedro Tourinho, destacou a importância histórica de Pirajá na consolidação da Independência do Brasil.
“Pirajá é o grande coração dessa luta, pois aqui aconteceram os momentos mais importantes e simbólicos contra o domínio português. Estar aqui mais uma vez, reverenciando esse acontecimento é superimportante também para fortalecer este bairro e a nossa cidade”, afirmou Tourinho.
Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), enfatizou a relevância da Batalha de Pirajá e mencionou a adição de um novo elemento histórico à cerimônia.
“É uma solenidade muito importante e que passou a contar, desde 2023, com duas tochas do Fogo Simbólico, a partir da inclusão do Litoral Norte como reconhecimento da participação dessa região na luta pela Independência. O 2 de Julho precisa ser redescoberto, estudado, entrar no currículo escolar como disciplina obrigatória, porque a Independência do Brasil se concretiza na Bahia, em 1823”, comentou Guerreiro.
O Fogo Simbólico, representando a união dos povos na luta pela libertação do estado, percorre dois roteiros. O roteiro do Recôncavo inicia em Cachoeira e cobre 100 km, passando por cidades como Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde e Candeias. O roteiro do Litoral Norte, com 50 km, começa em Mata de São João, passa por Dias D’Ávila, Camaçari e Lauro de Freitas, e se encontra com o roteiro do Recôncavo em Simões Filho, culminando em Salvador. Este ano, a atleta de ginástica rítmica Júlia Santos, que integrou a seleção brasileira em 2022, teve a honra de levar o Fogo Simbólico até o Panteão.
Renilda Santos, cuidadora de idosos e residente de Pirajá, destacou a importância de manter a tradição familiar de participar da cerimônia. “Minha mãe me trazia aqui e agora trago minha filha e meu sobrinho. Eu conto a eles que aqui é um bairro de luta, de guerreiros, e tenho orgulho de viver aqui”, relatou Santos.
A apresentação do Cortejo Afro, criado pelo artista plástico Alberto Pitta em 2 de julho de 1998 no Ilê Axé Oyá, às margens da Bacia do Cobre, no Parque São Bartolomeu, foi um dos momentos mais aguardados. O grupo exibiu figurinos com plumagens e grafismos que homenageavam os indígenas, também participantes da luta pela Independência do Brasil na Bahia.
Mara Luciana da Silva, de 45 anos, expressou seu orgulho pela atração local.
“Sou nascida e criada aqui no bairro e praticamente participo do evento todos os anos. Eu gosto de ver o Cortejo desfilando no Carnaval e é uma alegria vê-los aqui hoje”, disse Mara. Sua vizinha, Cláudia Silveira, de 30 anos, também compartilhou sua experiência. “Sou nova em Pirajá e quem me trouxe ano passado para a festa foi ela (Mara). Voltei porque gostei. Quando morava em outro bairro, não tinha ideia que acontecia esse evento cívico aqui. Hoje, trouxe meu filho de três anos”, afirmou Cláudia.
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