A peça “A História do Zoológico” (The Zoo Story), do dramaturgo norte-americano Edward Albee, estreia em Salvador sob a direção de Adson Brito do Velho. As apresentações acontecerão aos sábados, nos dias 6, 13, 20 e 27 de julho, às 19h30, no Espaço Cultural Casa 14, localizado na Rua Frei Vicente, 14, Pelourinho. O elenco conta com Alexandro Beltrão no papel de Peter e Admilson Vieira como Jerry.
Considerada um clássico do Teatro do Absurdo, “A História do Zoológico” foi escrita em 1958 e estreou em Berlim no ano seguinte. A trama se desenrola em um banco de jardim do Central Park, em Nova Iorque, onde os personagens Peter e Jerry, duas almas solitárias, se encontram acidentalmente. Através de um diálogo seco e frio, a peça aborda temas como solidão, incomunicabilidade e isolamento.
A cenografia, assinada pela artista plástica Bel Aguiar, é minimalista, composta apenas por um banco de jardim e uma luminária de praça pública, evocando o outono nova-iorquino. A iluminação fixa, criada por Paulo Marcos Santiago, reforça esse ambiente, enquanto o figurino foi desenvolvido pela arquiteta e urbanista Beatriz Silveira.
Adson Brito do Velho, o diretor da montagem, é um multifacetado profissional com formação em Filosofia, História, Psicologia e Neuropsicologia. Ele já dirigiu diversas peças em Salvador, incluindo “A Vingança do Padre” e “A Falecida” de Nelson Rodrigues. Brito do Velho também é vice-presidente da Academia de Letras, Música e Artes de Salvador e autor de livros sobre a cidade.
Edward Albee, autor da peça, é um dos grandes nomes da dramaturgia americana do século XX, ao lado de Eugene O’Neill, Arthur Miller e Tennessee Williams. Albee é conhecido por suas críticas corrosivas à sociedade americana, rompendo com a linguagem tradicional do teatro. Entre suas obras mais famosas estão “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?” e “Três Mulheres Altas”. Albee recebeu três prêmios Pulitzer e um Tony pelo conjunto de sua obra.
As obras de Albee, juntamente com as de Samuel Beckett, Eugène Ionesco e Jean Genet, são categorizadas como Teatro do Absurdo, uma estética que explora questões existencialistas e a falta de sentido da existência humana, resultando na dissolução da comunicação.
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