Novo parlamento Europeu pende para a direita

Novo parlamento Europeu pende para a direita.
Conservadores se mantêm como a maior bancada no legislativo da União Europeia, seguidos pelos social-democratas. Verdes e liberais encolhem.

O novo Parlamento Europeu, eleito entre quinta-feira (06/06/2024) e domingo (09/06) por cerca de 361 milhões de eleitores nos 27 países-membros da União Europeia (UE), reflete uma mudança à direita. Com 720 eurodeputados eleitos, a composição do Parlamento ficou mais fragmentada, dificultando a tomada de decisões. A expansão da ultradireita e a manutenção dos conservadores como maior bancada destacam-se neste cenário.

O Partido Popular Europeu (PPE) conquistou 185 assentos, seguido pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D) com 137 e a coalizão liberal Renovar a Europa com 80, uma queda significativa em relação aos 102 assentos anteriores. Os Verdes/Aliança Livre Europeia também perderam força, caindo de 71 para 52 cadeiras.

A atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do PPE, já iniciou negociações com social-democratas e liberais para formar uma aliança majoritária. Juntos, esses grupos somam 402 dos 720 assentos, suficientes para sustentar uma maioria. Von der Leyen é a favorita para ser reconduzida ao cargo de presidente da Comissão Europeia.

Os partidos de ultradireita, como Identidade e Democracia (ID) e Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), aumentaram sua representação para um total estimado de 131 assentos. Na França, Itália, Áustria e Hungria, esses partidos devem ter as maiores bancadas. Em outros países, como Alemanha e Polônia, são uma força significativa.

A eleição também foi marcada pelo aumento da preocupação dos eleitores com a imigração, os custos de vida e a transição verde, refletindo-se no apoio aos partidos populistas. Com uma taxa de comparecimento de 51%, muitos europeus expressaram frustração com o processo decisório da UE, considerado complexo e distante da realidade diária.

Von der Leyen declarou em um evento do PPE que sua bancada será um “bastião contra extremos à direita e à esquerda”. A real influência dos partidos de ultradireita dependerá da capacidade de formar alianças com conservadores e outros grupos no Parlamento.

*Com informações da Agência DW.


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