Exposição “Nhe´ ẽ Se” destaca arte indígena na CAIXA Cultural Salvador

Exposição "Nhe´ ẽ Se" destaca arte indígena na CAIXA Cultural Salvador.
Mostra reúne obras de 12 artistas indígenas e destaca o Manto Tupinambá, recentemente exibido na Bienal de Veneza.

A exposição “Nhe´ ẽ Se” inaugura na terça-feira (28/05/2024), às 19h, na CAIXA Cultural Salvador, com o objetivo de promover a arte indígena contemporânea. A cerimônia de abertura contará com as presenças das curadoras Sandra Benites e Vera Nunes, e das artistas Aju Paraguassu, Yacunã Tuxá e Glicéria Tupinambá. O evento também incluirá um ritual toré, realizado por Japira Pataxó, que fortalecerá o espírito e a coragem dos guerreiros presentes.

A mostra reúne obras de 12 artistas indígenas provenientes de diversas regiões do Brasil, incluindo Aislan Pankararu, Arissana Pataxó, Auá Mendes, Davi Marworno, Déba Tacana, Edgar Kanaykõ Xakriaba, Glicéria Tupinambá, Paulo Desana, Tamikuã Txihi, Xadalu Tupã Jekupé e Yacunã Tuxá. Entre os destaques, está o Manto Assojaba Tupinambá, recriado por Glicéria Tupinambá, que atraiu atenções na Bienal de Veneza. A obra é um símbolo sagrado de poder, confeccionado com penas de guará e araras, e representa a ligação entre o passado e o presente dos Tupinambá.

Objetivos da Exposição

A exposição, idealizada e realizada pela agência Via Press Comunicação, busca comunicar ideias e emoções através da arte, promovendo o diálogo e a cura, conforme o significado de “Nhe´ ẽ Se” na língua guarani. A curadora Sandra Benites enfatiza a importância de reunir trabalhos de artistas indígenas de diversas partes do país para criar um espaço de diálogo e acolhimento. Vera Nunes destaca o significado especial de realizar a mostra na Bahia, um território indígena ancestral, promovendo o resgate da memória e a construção do futuro.

Impacto e Relevância

A exposição “Nhe´ ẽ Se” também visa destacar a força política e a beleza conceitual das culturas indígenas, chamando a atenção para a importância dos povos indígenas no presente e no futuro. A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, elogiou a ocupação de espaços artísticos pelos indígenas, ressaltando a relevância cultural e política desse movimento.

Variedade de Expressões Artísticas

Os 12 artistas participantes utilizam diversos materiais e suportes encontrados em seus territórios de origem, reforçando a conexão espiritual com a matéria que os cerca. As obras variam entre pinturas, fotografias, instalações, vídeos e textos, convidando os visitantes a mergulharem no universo indígena através de múltiplas narrativas. Destaque para as cerâmicas de Déba Tacana, que exploram o corpo indígena e territorial, e as fotografias de Edgar Kanaykõ Xakriaba, que retratam o cotidiano de sua aldeia.

Atividades Complementares

A exposição contará com atividades complementares, como uma visita guiada e uma roda de conversa intitulada “Diálogo é Cura”, programadas para 29 de maio. Estas atividades, conduzidas por Sandra Benites e Vera Nunes, visam aprofundar a compreensão do público sobre a cosmovisão indígena e a importância do diálogo cultural.

A mostra “Nhe´ ẽ Se” permanecerá em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até domingo (04/08), com entrada gratuita de terça a domingo, das 9h às 17:30h. A exposição inclui audiodescrição, vídeos legendados e tradução em libras na cerimônia de abertura, garantindo acessibilidade a todos os visitantes.


Discover more from News Veritas Brasil (NV)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Threads
Tumblr
X
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

Discover more from News Veritas Brasil (NV)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading