Na mais recente reviravolta nas relações internacionais, o governo brasileiro liderado por Luiz Inácio Lula da Silva se recusa a ceder à pressão dos Estados Unidos e persiste em seus esforços para buscar soluções na problemática região do Oriente Médio. O Brasil, que atualmente preside o Conselho de Segurança da ONU, apresentou uma proposta de resolução visando aliviar a “dramática situação humanitária” na Faixa de Gaza e promover acordos para a solução de dois Estados, um judeu e um árabe. Apesar do apoio de 12 membros do Conselho de Segurança, os Estados Unidos vetaram a resolução. O governo brasileiro rejeitou a ideia de entrar no “jogo” norte-americano e está comprometido em continuar buscando negociações que incluam um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, bem como a criação de corredores humanitários.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, viajou para Nova York e presidirá um debate aberto de alto nível sobre o Oriente Médio em 24 de outubro. Este debate abordará questões relacionadas ao conflito na Palestina e a busca por soluções. O gesto do Brasil foi elogiado por países como França e China, que criticaram a postura dos Estados Unidos e destacaram o esforço diplomático brasileiro como a melhor alternativa disponível neste momento.
A estratégia do presidente dos EUA, Joe Biden, era evitar a votação da proposta enquanto estava em viagem a Israel, optando por negociar diretamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na esperança de acertar um corredor humanitário e evitar medidas contra Israel, incluindo um cessar-fogo.
Além disso, membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU manifestaram seu descontentamento com o veto dos EUA, chegando a dar as costas durante o discurso da embaixadora norte-americana, Linda Thomas-Greenfield, após o veto.
Diplomatas brasileiros acreditam que o veto dos EUA está relacionado ao contexto das eleições presidenciais norte-americanas de 2024, onde Joe Biden pode estar em desvantagem em relação a seu antecessor, Donald Trump, no que diz respeito à política do Oriente Médio. Segundo um membro do governo brasileiro, independentemente do formato da resolução, havia um grande risco de os EUA rejeitarem a proposta, possivelmente em busca de destaque no cenário internacional. O Brasil, no entanto, permanece determinado em suas negociações e esforços para buscar soluções no conflito em Israel e Gaza.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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