Necessidades humanitárias em Gaza continuam aumentando

Necessidades Humanitárias em Gaza Continuam Aumentando.
Famílias em Gaza buscam refúgio nas escolas da Unrwa enquanto o conflito persiste. (Foto:Unrwa/Mohammed Hinnaw).

À medida que os ataques das Forças Aéreas Israelenses continuam assolando a Faixa de Gaza, o número de deslocados internos que buscam refúgio em escolas da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (Unrwa) não para de crescer. Atualmente, quase 175 mil pessoas encontram abrigo em 88 escolas da região, com mais chegando a cada dia. No entanto, essas instalações estão operando com recursos limitados, incluindo escassez de alimentos, itens básicos e água potável, tornando a situação ainda mais desesperadora.

A Unrwa está mobilizando seus mais de 5,300 trabalhadores em um esforço constante para atender às necessidades dos deslocados que buscam refúgio em suas instalações. No entanto, a superlotação é uma realidade em algumas escolas, e os recursos essenciais são insuficientes para suprir a crescente demanda. A tragédia também afetou diretamente a agência, com ataques aéreos danificando duas de suas escolas, elevando o total de instalações atingidas pelo conflito para 20 desde sábado (07/10/2023). Trinta estudantes perderam a vida e oito ficaram feridos, enquanto nove funcionários da agência perderam a vida e três professores ficaram feridos.

Além disso, a Unrwa enfrenta dificuldades em manter os serviços de saúde. Apenas 11 dos 22 centros de saúde da agência na Faixa de Gaza estão operacionais para fornecer atendimento médico primário, com capacidade limitada para atender pacientes com condições urgentes. A agência conta com 111 profissionais de saúde para tentar atender às necessidades médicas da população.

Enquanto a crise humanitária persiste, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) está trabalhando na distribuição de alimentos em Gaza e na Cisjordânia. Após a escalada do conflito, o PMA começou a fornecer pão fresco, alimentos enlatados e refeições prontas para cerca de 100 mil pessoas que procuraram refúgio em abrigos. No entanto, para atender às necessidades crescentes, as agências da ONU pedem acesso seguro e desobstruído para as equipes humanitárias, garantindo proteção contra bombardeios.

Em meio à crise, foram relatados tumultos em cidades palestinas e confrontos entre palestinos e forças israelenses em postos de controle e assentamentos em toda a Cisjordânia. As autoridades israelenses fecharam todas as travessias da Cisjordânia para Jerusalém Oriental e Israel para cidadãos com identidade palestina, incluindo funcionários da ONU e de organizações internacionais.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, 900 pessoas perderam a vida na Faixa de Gaza, incluindo 290 crianças, e outras 4.250 ficaram feridas. Segundo fontes israelenses, 1 mil pessoas perderam a vida em Israel.

*Com informações da Nações Unidas.


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