Brasil e Cuba reforçam parcerias em diversos setores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderou uma visita histórica a Cuba, durante a qual ministros brasileiros assinaram acordos de cooperação com o governo cubano. Estes acordos têm como objetivo impulsionar a troca de tecnologias e conhecimentos em setores cruciais, incluindo saúde, ciência e tecnologia, e desenvolvimento agrário. Destacam-se parcerias na pesquisa médica, produção de medicamentos inovadores e regulamentação sanitária, bem como a reativação do Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação. Este evento marca um marco nas relações entre Brasil e Cuba e sinaliza a importância da colaboração internacional.

Durante uma visita histórica a Cuba, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, liderou uma delegação de ministros brasileiros que assinaram acordos de cooperação com o governo cubano, com o objetivo de fortalecer as relações bilaterais e fomentar a troca de tecnologias e conhecimentos em diversos setores.

Os acordos, que abrangem áreas como saúde, ciência e tecnologia, e desenvolvimento agrário, têm potencial para beneficiar ambos os países. Na área da saúde, foi assinado um protocolo de cooperação que prevê a colaboração em temas como doenças crônicas, vacinas, biotecnologia e biodiversidade, bem como doenças transmissíveis e negligenciadas. Além disso, o protocolo visa ao desenvolvimento conjunto de produtos inovadores no campo da saúde.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância desses acordos, salientando que o Brasil pode aproveitar o conhecimento avançado que Cuba desenvolveu ao longo dos anos. A expertise brasileira em pesquisa clínica e capacidade de produção em escala, tanto em laboratórios públicos quanto privados, complementará essa colaboração.

Uma parceria de destaque no campo da saúde é a associação entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biocubafarma. Essa associação possibilitará a transferência de tecnologia para a produção nacional do NeuroEpo, um medicamento inovador usado no tratamento do Alzheimer, e da Eritropoietina, utilizada no tratamento de anemia por insuficiência renal, leucemia e outras doenças. Além disso, o acordo prevê o desenvolvimento de políticas de regulamentação sanitária para a aprovação e comercialização de medicamentos, dispositivos médicos, vacinas e outras tecnologias na área de saúde.

Na área de Ciência e Tecnologia, um dos principais resultados foi a reativação do Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação, que buscará promover a cooperação científica e tecnológica entre os dois países. O foco estará em áreas como biotecnologia, bioeconomia, energias renováveis, agricultura, segurança alimentar e sustentabilidade. A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enfatizou a importância da colaboração mútua para encontrar soluções que beneficiem ambos os países.

No campo do desenvolvimento agrário, o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, assinou um convênio com o governo cubano para estabelecer um programa de cooperação na área agrícola. Este programa abrangerá aspectos como troca de tecnologia em sementes e mudas, bioinsumos e fertilizantes, agricultura de conservação, agricultura urbana e periurbana, produtos alimentares prioritários para consumo humano e animal, reprodução de espécies agroalimentares prioritárias, uso eficiente da água, cadastro e gestão da terra, bem como abastecimento agroalimentar.

Este evento histórico ocorreu após a Cúpula de Chefes de Estado e Governo do G77 + China e marcou o terceiro encontro entre os presidentes do Brasil e de Cuba este ano. Também marcou a primeira visita oficial de um presidente brasileiro a Cuba em nove anos. A última visita presidencial ocorreu em 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff esteve em Havana.

Após sua estadia em Cuba, o presidente Lula seguiu para Nova York, nos Estados Unidos, onde fará o discurso de abertura do debate geral da 78ª Assembleia Geral da ONU. Essa será a oitava vez que o presidente Lula participa do debate geral dos chefes de Estado, demonstrando a influência do Brasil no cenário internacional e a importância da diplomacia brasileira em nível global.

*Com informações da Agência Brasil.