Em uma entrevista exclusiva à ONU News, Heber Maia, diretor de Tecnologia da Informação do Ministério do Trabalho do Brasil, destacou as preocupações em torno da falta de proteção adequada para a língua portuguesa na internet. A língua portuguesa, que é a quinta mais falada na rede, com cerca de 230 milhões de falantes lusófonos, carece de ferramentas para combater o discurso de ódio e promover o uso de soluções em inteligência artificial.
No momento, a ONU discute a criação de uma convenção internacional para combater o uso criminoso de tecnologias de informação e comunicação. O Brasil e outros países de língua portuguesa estão ativamente envolvidos nesse debate, buscando estratégias comuns para a governança da internet.
Maia enfatizou a importância de entender como a população lusófona utiliza a internet e de desenvolver elementos de proteção para essa comunidade. Ele mencionou que as grandes plataformas digitais têm soluções eficazes para identificar e combater discursos de ódio em língua inglesa, mas é essencial questionar como elas abordam o mesmo problema em língua portuguesa.
A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, recentemente alertou sobre a urgência de criar proteções para os falantes de língua portuguesa. Além disso, Maia destacou que a língua é fundamental para aproveitar as oportunidades oferecidas por novas tecnologias, como a inteligência artificial.
Outra preocupação expressa por Maia é a falta de conjuntos de dados em língua portuguesa para pesquisas em inteligência artificial. Ele salientou que, ao não abordar esse problema, o Brasil e outros países lusófonos estão perdendo profissionais talentosos que são forçados a trabalhar com dados em língua inglesa.
Para tratar dessas questões cruciais, o primeiro Fórum Lusófono de Governança da Internet ocorrerá no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil, na segunda e terça-feira (18 e 19/09/2023) de setembro. Este evento está alinhado com a convenção internacional proposta pela ONU, visando aumentar a segurança para a população lusófona que utiliza a internet.
A agenda do fórum também inclui o “Digital Compact,” um conjunto de propostas do secretário-geral da ONU para garantir um futuro digital aberto, livre e seguro para todos.
*Com informações da ONU News.
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