A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (18/07/2023) uma operação que culminou na prisão de 16 envolvidos em um sofisticado esquema de tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O grupo criminoso atuava trocando etiquetas de malas para embarcar drogas com destino à Europa. A investigação apontou que cerca de 120 quilos de cocaína foram enviados ao continente europeu por meio desse esquema.
O esquema de troca de etiquetas, descoberto após o caso de duas brasileiras presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha, chamou a atenção das autoridades. As malas das brasileiras continham drogas, mas as etiquetas foram retiradas de suas bagagens e colocadas em outras malas para despistar as autoridades. Após a comprovação da inocência das brasileiras, a PF identificou os responsáveis pelo esquema e deu início à operação.
As investigações indicaram que a organização criminosa atuou em outros dois casos, enviando drogas para Portugal e França, nos quais o mesmo modus operandi foi utilizado. Acredita-se que esse grupo criminoso já atuava no terminal aeroportuário há, pelo menos, dois anos.
O delegado da PF, Felipe Faé Lavareda de Souza, afirmou que a operação ainda não está encerrada, e que os dois foragidos, um mandante e um executor, devem ser presos nos próximos dias. Além disso, com base nas provas coletadas, a expectativa é identificar mais envolvidos no esquema.
O grupo agia de forma organizada, com executantes sendo funcionários do próprio aeroporto, enquanto os mandantes, embora não trabalhassem diretamente no terminal, planejavam e organizavam as ações. Para a PF, é possível que haja relação do grupo com uma facção criminosa de São Paulo.
A Operação Colateral, como foi chamada, contou com um total de 18 mandados de prisão, sendo 16 preventivos e 2 temporários, além de 27 mandados de busca e apreensão.
Para prevenir esse tipo de crime no futuro, foram tomadas medidas como a proibição do uso de celulares nas áreas internas do aeroporto. No entanto, o delegado da PF ressaltou que a responsabilidade de implementar tais medidas cabe às companhias áreas e à concessionária do aeroporto. A polícia, por sua vez, orienta que seja feita uma seleção rigorosa dos funcionários que atuam nessas áreas restritas e que câmeras de corpo estejam sendo gradualmente implantadas para monitorar suas atividades.
Com o desmantelamento desse esquema de tráfico, a PF busca reforçar a segurança e a integridade dos aeroportos brasileiros, garantindo a tranquilidade dos passageiros e impedindo que o país seja utilizado como rota para o tráfico internacional de drogas.
*Com informações Agência Brasil.
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