A história da Independência do Brasil ganhará um novo e significativo capítulo com o lançamento da coletânea “Bahia, 2 de julho: uma guerra pela Independência do Brasil”. O projeto, fruto da parceria entre a Mwana Produções e a Editora da Universidade do Estado da Bahia (EDUNEB), conta com o patrocínio da BAHIAGÁS e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda. A obra será lançada no formato de ebook, marcado para quarta-feira (26/07/2023), às 16h, no Auditório Caetano Veloso da Uneb – Campus I, localizado na Rua Silveira Martins, 2555, Cabula, em Salvador.
Idealizada e organizada por Maria das Graças de Andrade Leal, Virgínia Queiroz Barreto e Avanete Pereira Sousa, a coletânea traz 14 textos inéditos de pesquisadoras e pesquisadores da Bahia, de outros estados do Brasil e do Canadá, que se aprofundaram em estudos historiográficos sobre a Independência na Bahia. O marco histórico, celebrado no dia 2 de julho de 1823, é abordado sob diversas perspectivas, como história social, cultural, econômica, política, religiosa, escravização, gênero e representações relativas a festividades comemorativas da Independência. Figuras icônicas como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa também são contempladas na coletânea.
A diretora da Editora da UNEB, Sandra Regina Soares, ressalta que a obra representa uma valiosa contribuição para a ressignificação e disseminação da verdadeira história da Independência do Brasil, enaltecendo o papel fundamental do povo baiano nesse processo histórico. Com uma seleção de conteúdos que evidenciam a determinação e a coragem do povo baiano, negros, indígenas e mulheres na luta pela libertação do domínio português, a coletânea busca tocar o coração dos brasileiros.
Reflexões sobre a Independência na Bahia e sua conexão com o cenário nacional
A coletânea é concebida como um espaço de reflexão historiográfica sobre a independência na Bahia, inserida no contexto da independência do Brasil. A guerra de independência, que culminou em 2 de julho de 1823, quando a marinha e o exército portugueses foram expulsos da Bahia e o exército libertador realizou a entrada triunfal em Salvador, é o cerne da discussão. Dividida em cinco partes, a obra compreende textos de historiadores e historiadoras que abordam os contextos de transformações político-institucionais, econômicas, culturais e sociais que ocorreram ao longo da guerra de independência e que foram ressignificados pelas festividades representadas no cortejo do 2 de julho. Há 200 anos, esse evento valoriza o importante marco fundador da história baiana e nacional. Além disso, a coletânea valoriza as obras literárias e imagéticas de autoras e autores baianos que produziram representações em torno da temática da independência.
Interação entre história e arte em uma experiência única
A coletânea não se limita apenas ao conteúdo historiográfico, mas também abraça a arte em sua essência. A equipe responsável pela produção desenvolveu um conceito de diagramação moderno e sofisticado, unindo os textos históricos às artes de 15 talentosos artistas visuais. Pinturas, grafismos, fotografias, poesia, cordel, poema e crônica ilustram as páginas de abertura de cada um dos 14 artigos escritos, assim como a capa do livro.
Com curadoria artística de Marielson Carvalho, as ilustrações de artistas de diversos estilos e técnicas valorizam a diversidade e estética da cultura baiana, destacando distintos aspectos que afirmam a bravura e a coragem do povo.
Homenagem à Bahia e aos baianos na luta pela independência
A coletânea “Bahia, 2 de julho: uma guerra pela Independência do Brasil” coloca em evidência a participação crucial da Bahia e dos baianos no processo de independência do Brasil, rompendo com a ideia de que a independência começou e terminou com o grito no Morro do Ipiranga. Esse compromisso histórico teve início com a Conspiração dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana ou Revolta dos Búzios, ocorrida em 1798, inspirada pelos ideais liberais das revoluções nas monarquias europeias.
Após a Revolução Liberal do Porto, em 1820, aconteceram batalhas acirradas por terra e mar, culminando com a expulsão das forças portuguesas da Bahia em 2 de julho de 1823, garantindo a inserção da província na unidade nacional brasileira.
Celebração da obra e continuidade da luta pela independência e igualdade social
A obra representa uma importante contribuição da Bahia para a contínua luta dos brasileiros pela soberania nacional e pelo estado de direitos e igualdade social. O lançamento do e-book acontecerá no dia 26 de julho, contando com participações artísticas especiais, como a cantora Cláudia Sisan com o Coral Universitário UNEB entoando o Hino “Dois de Julho”, e Antônio Barreto recitando o cordel “200 anos da Independência do Brasil”.
O projeto ainda busca recursos através do Programa Fazcultura para viabilizar a impressão de 1.000 unidades do livro, que conta com 560 páginas. Acesso livre ao lançamento do e-book estará sujeito à lotação do espaço.
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