O Fundo Monetário Internacional (FMI) está cogitando a possibilidade de incluir o yuan chinês, também conhecido como renminbi (RMB), como meio de pagamento para os Estados-membros cumprirem suas obrigações financeiras com a organização. A sugestão veio após o Brasil e a Argentina demonstrarem uma maior aproximação com a moeda chinesa. Neste ano, o Brasil assinou um acordo que facilita o comércio e investimento mútuo com o yuan, enquanto a Argentina aumentou o limite de uso da moeda chinesa em seu país.
De acordo com Julie Kozack, porta-voz do FMI, o yuan é uma das cinco moedas livremente utilizáveis que os membros têm usado para liquidar suas obrigações financeiras com a organização. A proposta ganhou força depois que a Argentina utilizou o yuan para pagar parte de sua dívida ao FMI. As discussões sobre o programa de empréstimo de US$ 44 bilhões com Buenos Aires ainda estão em andamento.
A Argentina tem buscado diversificar suas reservas e reduzir sua dependência do dólar americano, incluindo o yuan como moeda aceita para depósitos em bancos de poupança e contas correntes. O país enfrenta desafios econômicos, incluindo a diminuição das reservas de moeda estrangeira devido a condições desfavoráveis de seca, reduzindo suas exportações de grãos e uma alta taxa de inflação, que atualmente supera os 100%.
O Brasil também busca estreitar laços com a China através de um acordo para facilitar o comércio e investimentos mútuos com as moedas nacionais dos dois países.
A inclusão do yuan como moeda de pagamento no cenário internacional pode trazer benefícios para a América Latina, permitindo maior autonomia financeira e diversificação das reservas em momentos de instabilidade econômica. O fortalecimento do yuan no Brasil e na Argentina também sinaliza uma maior influência econômica da China na região e pode promover uma maior flexibilidade nas relações comerciais e financeiras entre os países.
A adoção do yuan como meio de pagamento em transações internacionais reflete a crescente aceitação da moeda chinesa no cenário global e a consolidação da China como uma potência econômica mundial.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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